Política & Democracia

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Metamorfose eleitoral: Bornhausen, Marina e Campos no mesmo time…

Bornhausen é metamorfose ambulante da política brasileira, deixa a extrema direita para embarcar no socialismo do neto de Miguel Arraes... Ou seria Campos enviesando pela direita com seus novos aliados?

Bornhausen é metamorfose ambulante da política brasileira, deixa a extrema direita para embarcar no “socialismo” liderado pelo neto de Miguel Arraes… Ou seria Campos enviesando pela direita com seus novos aliados?

Jorge Bornhausen, ex-PFL [DEM], agora é ficha ativa do PSB…

Bornhausen foi aquele que, em meio a crise política do mensalão, afirmou com ódio: “Precisamos acabar com essa raça“, do PT e seus aliados à esquerda, o PSB, obviamente, a reboque… Profetizou que em muitos anos não elegeriam ninguém para nenhum cargo importante deste país.  Foi, categoricamente, desautorizado pelo eleitor brasileiro em suas profecias e execrações.

Mais tarde, em 2010, Lula afirmaria que o DEM precisaria ser extirpado da vida política do país e Bornhausen sentiu-se ofendido e precisou ser defendido por seus amigos da Veja.  A afirmação de Lula, praticamente, se cumpre, pouco tempo depois.

Seus caciques fugiram, primeiro para o governista[?] PSD, e agora aninham-se no Partido Socialista Brasileiro, uma espécie de novo “PMDB”, mas com prazo de validade marcado: as eleições de 2014.

O PSB foi tomado por centenas de adesistas a um projeto, meramente eleitoral [ou eleitoreiro], como um plano B ao fracasso da criação da Rede de Marina Silva.  A própria ex-senadora do PT aderiu aos novos socialistas.  Gente como o Bornhausen, Heráclito Fortes e outros mais que devem estar deixando corado, mas de vergonha, o ex-presidente dos socialistas e ex-ministro da Ciência e Tecnologia de Lula, Roberto Amaral.

Aécio Neves, que teima em chamar para conversar o eleitorado brasileiro, não conseguiu sequer um “dedinho de prosa” produtivo com políticos que bajulou publicamente, como Marina e Eduardo Campos.  O PSDB perde ainda mais terreno, certamente o novo cenário montado pede um candidato tucano mais à direita e ainda mais articulado com ultra conservadores e articulador de um discurso mais raivoso, Serra poderá cumprir este papel, mesmo que para perder, poderá ser mais efetivo que o senador mineiro, que não disse a que veio.  Estes últimos acontecimentos, quem sabe discutidos exaustivamente nos bastidores de antemão, talvez expliquem a decisão de Serra em permanecer nas fileiras tucanas.

Aécio se sobreviver ao duro golpe do novo PSB, será confundido e engulido pela onda que será criada em torno de Campos.  Por isso os arranjos eleitorais pedirão um candidato mais ligado ao ultra conservadorismo.

O certo para este momento é que o adesismo pragmático vai correr para o lado de Campos, com mais ou menos intensidade, dependendo das próximas sondagens dos institutos de pesquisa.

Além do desconforto que a acriana causa aos seus seguidores mais fiéis, ao aliar-se ao velho [Bornhausen e Fortes] e oportunista [Campos] da política brasileira, uma outra questão vai ser observada de agora em diante: o quanto Marina terá como capital eleitoral para emprestar aos seus novos aliados?

De toda esta incrível metamorfose eleitoreira de última hora [ou teria sido bem planejada?], fica a impressão que, ou Marina e Campos tornaram-se, finalmente, destros, ou, muito pouco provável, que Bornhausen, Fortes e companhia limitada do ex-DEM, aderiram a um suposto novo esquerdismo, termo que abominavam até recentemente?

Dilma não perde, nem ganha com estes novos movimentos no tabuleiro eleitoral, suas bases, política e social, seguem preservadas.

Tempos estranhos na política…

4 comentários em “Metamorfose eleitoral: Bornhausen, Marina e Campos no mesmo time…

  1. José Carlos de Almeida Picoli
    07/10/2013

    A meu ver esses deputados estão sendo coerentes com seu passado. Eles são de direita, e estão abandonando os velhos partidos de direita porque acham viável essa candidatura de Eduardo e Marina. Não por causa do passado de nenhum deles, mas por causa do seu futuro. A direita quer garantir seu lugar ao sol, para enDIREITAr o Brasil o mais que puder. Garantir mais espaços para os ruralistas, e se possível, enterrar as políticas ecológicas e de inclusão que não lhes agrada.

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  2. deputadopirata
    07/10/2013

    Faz uma reportagem também dos “amigos do PT” – Maluf, Collor, etc. Essa imprensa com cabresto só cria noticias de interesse do Poder… Marina surpreendeu esses “políticos” e politiqueiros que estão agarrados nas tetas do poder, e agora querem “associa-la” a simpatizantes, apoiadores e filiados do PSB. A Esses dois, Bornhausen e Caido dou a possibilidade da remissão e por isso podem ser perdoados, pois mesmo estando a tantos anos fora das tetas do Governo Federal se manteram firmes na oposição, agora não consigo ver isso no Governo do PT, na base da Presidenta Dilma vimos um “montão” de “bezerrões”, mamando nas tetas gordas do povo brasileiro.

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  3. Romero Dantas Maia
    07/10/2013

    Penso que, por mais que a imprensa faça lavagem cerebral no povo brasileiro, ninguém pode negar que o PT, a partir do governo Lula, mudou para muito melhor o nosso Brasil, embora ainda tenha muito de muito ruim a se consertar pelo estrago deixado – herança maldita – pelos governos da direita.
    Mesmo o que continua ruim, antes era muito pior. Contudo, penso que Marina Silva tem história, ideologia de esquerda e coerência, inclusive ela não nega a transformação feita pelo PT no país. Sou filiado ao PSB, embora ideologicamente me sinta também do PT, e se Eduardo Campos for candidato, mesmo reconhecendo muitas qualidades boas dele, voto, sem titubear, em Dilma. Mas se a candidata do PSB for Marina Silva, pensarei e terei tempo para analisar e decidir em qual das duas votar, torcendo para as duas irem para o segundo turno.
    Só não quero arriscar ao ponto de permitir que a direita volte a governar o nosso país. pois o Brasil não pode retroceder.
    Quanto às alianças, nem o PT, ou qualquer outro partido que almeje e vislumbre a possibilidade de vencer uma eleição majoritária, principalmente para Presidente da República, pode se dar ao luxo de rejeitar toda e qualquer aliança, mesmo conservadora. O que não se pode é fazer aliança com partidos ultra conservadores, tipo DEM, mas algumas lideranças políticas, desde que apenas como coadjuvantes e que não tenham uma história individual suja e imoral, isso não vejo como incoerência, até porque, nestes casos, o político historicamente não confiável é que está aderindo ao projeto da esquerda e não o inverso. O mais importante é com quem ficará as rédeas do poder, e até onde se dará espaço para os aliados.

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  4. mariamaria
    06/10/2013

    Mas a estes o psol nao tera nenhum prurido em se aliar, alias, historicamente o psol tem se aliado com o psdb e com o dem, denunciando as aliancas do pt com o pmdb. pura histeria nazi-esquizofrenica.

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